segunda-feira, 24 de setembro de 2007

No fundo do copo...

De forma alguma sou livre… levanto o copo, observo o fundo e peço silenciosamente que todos os meus fados aceitem aquilo que sou e como sou… só assim conseguirei respirar e encher a mente de questões em que o tutor é a minha alma e o bom senso é o meu roteiro. Mas não te aproximes demais senão vou ter que partir como se tratasse de um magnetismo invertido, onde o vento desfaz o meu filamento, num acaso e vagueio observando transversalmente as pessoas nas suas jaulas sem imaginarem quem sou e de onde provenho, daí resulta a minha indignação mas só assim subsistirei! Sinto-me vivo, intenso e irrequieto, puro nos meus pensamentos e genuíno de sentimentos mas a estrada por onde caminhava desvanece, esmorece e ofusca-me os sentidos… desoriento-me e trilho por entre a mata nebulosa e perco-me novamente num bosque sombrio e sem saída. Mas deixem-me encontrar o rumo por entre as árvores e os espinhos que me golpeiam a percepção, isento de prudências e juízos que entendo mas que não me compreendem a mim…

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