quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Caleidoscópio...

"De vez em quando paramos para pensar, mas só pensamos na maioria das vezes quando as coisas nos correm mal, quando não temos aquilo que queremos. Devemos pensar principalmente é nos momentos bons, vivê-los com força, com intensidade. Porque a vida é um turbilhão de utopias e caleidoscópios todas eles com um calor diferente, todos eles com uma força e um valor diferente. Passamos por coisas difíceis na vida só para termos a coragem de os ultrapassar, se ultrapassamos então somos uns vencedores.

Na vida amamos muitas vezes e outras pessoas são nos indiferentes (porque oposto do amor é a indiferença) e ficamos surpreendidos por sentir uma mão de quem menos esperamos. A cobardia é só um simples sinal de fraqueza, mas a sinceridade em vez não é uma cura… somos todos feitos de matéria, de natureza, a vida é só simplesmente uma caminhada. Aqueles que se cruzam no nosso caminho são SEMPRE bengalas e setas na nossa caminhada, só que muitas vezes o nosso egoísmo cega-nos e não conseguimos ver as coisas certas. Mas sempre que passa a chuva vem o sol e até o arco-íris.

Aqueles que se mantêm ao longo do tempo só vêm provar a nossa fragilidade, a nossa necessidade de amor de carinho que rejeitamos muitas vezes. Mas apesar da rejeição esses seres estão lá sempre, e é com esses seres que mais nos zangamos, somos injustos mas eles continuam lá, esses seres são os nossos anjinhos aqui na terra. Podem estar perto de ti ou então longe mas ninguém os tira de um lugar, ninguém os tira do teu coração, porque aí só tu mandas.

Este diário é para agradecer aos meus anjinhos que sem palavras e às vezes só com um simples sorriso ajudaram-me a ver a luz e o caminho certo a seguir. Esses anjinhos sabem que não tenho medo de nada, montanhas e trovoadas não me assustam porque jamais perco a minha identidade e deixo de ser quem sou onde quer que esteja.

A esses anjinhos que são humanos como eu, quero agradecer terem aprendido, partilhado e amado comigo e eu com eles. Quero também dizer-lhes que nunca deixem de ser quem são pois como me aqueceram a alma a mim têm também a capacidade de aquecer a alma a outros, são uns privilegiados porque são o que muita gente vai perdendo com o tempo… o saber ser genuíno e autêntico. Quero dizer-lhes que nunca deixem de amar, e principalmente de perdoar com o coração aberto e de acreditar que se o caminho por vezes é difícil de ser percorrido muitos outros estão bem pior que nós e jamais se esquecem de sorrir, de brilhar. A vida é um mistério, não quero decifrá-la, quero vivê-la com muita intensidade e força como fiz até hoje.

Os fracos que fui encontrando no meu caminho, a esses só espero que aprendam alguma coisa com os seus erros e que percebam que a vida é uma caminhada e só devemos levar o que é verdadeiramente importante. Sinto que nalguma coisa fui professora deles, cabe-lhes quererem aprender porque nunca é tarde para mudar o rumo, porque só é tarde quando nos acomodamos às situações e achamos que não há nada a fazer, devemos fiar assim para sempre. NA VIDA NÃO EXISTE SEMPRE NEM NUNCA EXISTE AGORA... VIVE…"

M. Rosário


Adorei... Obrigado ;)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Mergulhar a cabeça nas mãos...

Quantas vezes mergulho a cabeça nas mãos, incrédulo com a indecisão, o “tu não entendes”, o “mas é que” e outras parábolas indeterminantes que não dão asas à mudança e à libertação definitiva de certos males ou atitudes abusivas. Por vezes um simples, directo e autoritário “não” é um excelente insecticida desparasitante que nos honra e fortalece em relação aos usurpadores de alma, mentes utópicas que só nos fragilizam… mas eu sei, eu sei que é um processo moroso em que pouco ou nada posso fazer porque enquanto houver o pavor à mudança, haverá sempre falta de vontade em evoluir e crescer…

Depois existem os locais onde se veneram o falso, temporário e irreal êxtase do momento que gera dependência e quando surgem os problemas reais, os momentos de decisão, normalmente dispara o mecanismo de defesa em que é mais fácil acabar ou fugir dos problemas que enfrentá-los… mas essas atitudes não resolvem nada, o “está-se bem” apenas disfarça e atenua a dor do momento, a verdadeira dor é a que nos faz sentir vivos, úteis e dispostos a mudar, a lutar por algo melhor…

E sente-se por vezes uma tensão no ar, o fraquejar perante os hábitos, os vícios, os tabus, o círculo fechado de guetos ditos de amizade, de tribos da sociedade onde não se enxerga o bom senso e não se dá voz à razão… que vontade em defender, teorizar e expor certas ideologias ou metodologias e não as colocar em prática, em não auto-praticar e não utilizá-las porque só servem para os outros, porque a mim não me acontece nada, porque sou consciente dentro da pouca lucidez, porque sou um ser superior aos outros ou um super indivíduo que é imune aos males que nos rodeiam… que verdadeira hipocrisia, indolência pura e cristalina onde só não vê e não crê quem não quer… como gostaria de pensar assim, ou seja, não pensar, ser insensato e ver o mundo como uma criança de 5 anos…

Como gostaria de me afastar, de prolongar a distância entre vontades sem perder aqueles que realmente gosto, como gostaria de me distanciar das fraquezas ou aspectos que podem fragilizar o meu bem-estar, a minha vida pessoal e profissional sem deixar de parte aqueles que venero, que amo… mas é irredutível… quantas vezes sinto que estou a atravessar um quarto ou local e sinto que estou a deixar-me ser levado pelo momento e pela multidão, ou será que são os locais e as multidões que se deslocam e fluem por entre mim, sem me mexer, impávido e demasiado sereno quanto à mudança? E estou num lugar onde reconheço a cara de toda a gente mas na realidade não conheço ninguém, são todos conhecidos mas ao mesmo tempo estranhos…

Realmente, por vezes, prefiro não saber, estar ausente de preocupações supérfluas que apenas vão alimentar mais chatices… mais vale ignorar certos assuntos, dando-lhes a importância que merecem que é nada ou quase nenhuma… pois as rotinas do culto inconsciente só são perceptíveis para quem as analisa de longe e eu sei que a realidade encontra-se nos momentos lúcidos e a fantasia nos delírios…

Na verdade não receio o amanhã, apenas tenho medo no que me posso vir a tornar ou no que posso vir a fazer… e sinto a falta de acordar ao teu lado, de sentir o teu cheiro, absorver o teu calor e não me sentir esquecido pelo mundo, incompleto, só e amargurado…

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu...
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é! Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão!"

Fernando Pessoa

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Insanidade...

"Insanidade é repetir as mesmas acções e esperar resultados diferentes..."

Albert Einstein

(Gostei, gostei muito :-))

segunda-feira, 10 de março de 2008

Em Stand-By...

Bem... não tenho publicado, não tenho tido tempo nem amarguras que justifiquem qualquer tipo de 'post' a ser publicado neste blog... por isso... deixo o blog em stand-by, ou seja, fica em repouso mas pronto a trabalhar (caso seja necessário)...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

But why can't it be mine?

"I know someday you'll have a beautiful life. I know you'll be a sun in somebody else's sky. But why can't it be mine?"

Eddie Vedder

domingo, 10 de fevereiro de 2008

O valor da solidão...

"A solidão, na acepção de se estar frequentemente sozinho, é essencial para qualquer profundidade na reflexão ou no carácter; e a solidão na presença da beleza e grandeza naturais é o berço de pensamentos e aspirações que não apenas fazem bem ao individuo, mas sem os quais a sociedade poderá passar mal."

John S. Mill

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Empty Spaces...

From time to time, occasionally, I hike quietly into empty spaces and try to lock the gaps of my past instead of reaching out and grabbing want I really want in life, without thinking to much, conscious of the basics of my existence, where circumstance has no value and unconcerned if the world makes sense…

However, people only see and believe what they are prepared to see and assimilate, so… I wait silently for my dawn, for the time to be reborn and feel like life has just begun, like a new fresh start, absent of any past and eager for the unknown future. Where I normally respond to what I judge with my soul disregarding what I see with my eyes.

Sometimes, unfortunately, I believe there's no turning back so I keep on walking, I keep building my path and at this time I only want to be with people who understand me… and that’s ok because I’ve got no place else to go.

I know that the times are changing and that seasons are constantly shifting… so someday and once again, when I least expect, the rivers will open this rusty shell and I will open the door to my heart, embracing the expectation of a true love, again blinded and still stupefied in thoughts…

sábado, 12 de janeiro de 2008

Into The Wild...

"I read somewhere how important it is in life not necessarily to be strong but to feel strong, to measure yourself at least once... to find yourself at least once in the most ancient of human conditions, facing blind, deaf stone alone, with nothing to help you but your own hands and your own head..."


Christopher McCandless
(Into The Wild)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Relações...

"Será sempre impossível determinar com um mínimo de segurança em que medida é que as nossas relações com outrem resultam dos nossos sentimentos, do nosso amor, do nosso desamor, da nossa benevolência ou do nosso ódio, e em que medida é que estão previamente condicionadas pelas relações de forças existentes entre os indivíduos."

Milan Kundera