quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Dilúvio...

Que forma mais ingrata de começar as férias, nem sol, nem praia, nem mar, nem noite. Que dilúvio, que azáfama, enfiado em casa a remexer os meus demónios, a vaguear cerca dessa tormenta, desse esforço inglório onde ainda pressinto o odor a enxofre como se ainda estivesse entranhado no meu leito, no meu inferno. Procuro uma abstracção, uma forma de desfrutar este verão pantanoso mas nada ajuda, só encontro contrariedades, devo ter os deuses contra mim! Neptuno, Saturno, Minerva, Cupido, até Baco não tem aparecido em meu auxílio… mas que idiotice continuar a sacudir episódios que já deveriam estar esquecidos e sepultados, será falta de inteligência, falta de amor-próprio ou outro tipo de insatisfação relacionado com o desfecho ou com os factos ocorridos?

Ser inteligente é ser desconfiado, mesmo em relação a si próprio…
(Paul Léautaud)

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