domingo, 6 de maio de 2007

Mudança...

Um silêncio ensurdecedor percorria o meu interior, as lágrimas afogavam-me a vista, o transpirar inundava o meu corpo, o receio bloqueiava o meu descanso. Este comportamento parecia repetir-se eternamente, mas com o passar do tempo o amaldiçoado silêncio tornava-se num hábito.
Continuo só, mas sem pressa de reencontrar o céu que um dia perdi. Apesar de saber onde procurar, prefiro que seja ela a me reencontrar. Sei que um dia a minha paciência e espera vai florescer.
Posso esperar infinitamente mas já me habituei a congelar os sentimentos em face ao que vejo e ao que não vejo, ao que ouço e não ouço, ao que sinto e não sinto.
O pior já passou, o desepero mascarou-se de esperança e o medo refugiou-se num contentamento descontente que até consegue enganar as pessoas que me são mais próximas.

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