quinta-feira, 5 de julho de 2007

Matrimónio...

Só de pensar que considerei contrair matrimónio com aquela anomalia da sociedade, com aquela aberração da natureza, dá-me náuseas… até os cachorros conseguem ser mais fiéis e os restantes seres são pelo menos honestos em relação às suas atitudes e posições perante as adversidades.

O embaraço não devia ser a aliança, o problema estaria em ela andar com a aliança na mão e isso realmente não se faz… pelos nomes chamados, pela reputação, pela conduta e comportamentos que teve, deveria usar na pata! E colocar uma aliança na pata deve ser uma tarefa habilidosa e engenhosa, quase inexequível e inglório para o comum mortal… é capaz de não passar nas unhas!

O matrimónio, esse vínculo, o nó que deveria simbolizar uma relação entre duas criaturas na qual a independência seria igual, a dependência seria mútua e a obrigação recíproca… Onde está? Olho em meu redor e deparo com um compromisso ilusório e em desmoronamentos constantes e inesperados… Será que perdeu significado ou estará a humanidade a sofrer com o progresso descontrolado e hipócrita? Assim é difícil assimilar e mais uma vez volto a afirmar: “Anda tudo parvo!”…

Mas sinceramente, que tema mais desinteressante, de escassa importância neste momento, que está quase extinto… todavia, por vezes, surge a assombrar, a zombar, a ludibriar os meus inestimáveis pensamentos e carece de uma paulada, precisa levar com a pá pelos “cornos” abaixo porque aparenta estar mal enterrado e necessita de uma ajudinha, de um empurrão para que desapareça de uma vez por todas.

A verdadeira loucura talvez não seja mais do que a própria sabedoria que, cansada de descobrir as vergonhas do mundo, tomou a inteligente resolução de enlouquecer...
(Heinrich Heine)

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