quinta-feira, 12 de julho de 2007

Trova...

Como invejo não ser completamente arrojado e imprudente, simplório e ingénuo, inconsciente e desconhecedor do perigo, de não ser um espírito livre e difamado, menosprezando a tolice dos demais… ao invés tomo atitudes independentes e cautelosas, sou minucioso na arte de reflectir e actuar, e zelo, por vezes, demasiado por mim e pelos sentimentos dos outros, opino excessivamente sobre os juízos que possam fazer de mim e pela inconfortável justificação de quem aldraba descaradamente. Que lamentação, que trova efémera que, um dia, provavelmente, dará asas ao regresso em força do génio da meditação, da ponderação compassiva e de outras fortunas.

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