segunda-feira, 11 de junho de 2007

Quero partir...

Quero partir, abandonar, fugir desta teia que me prende os movimentos, que me retarda os pensamentos… Libertar-me desta utopia, deste passado ilusório, da solidão de um dia, de uma hora, num momento que clamo bem alto: vai-te embora! Desaparece bruma que me ofuscas a razão, que me ensombras o ser e a lucidez que voa, que me foge da mão… Vai-te embora! Vai-te embora, faz as malas e deixa-me em paz, pára de recalcar o que já está gasto e magoado, ardido e coçado… Distancia-te ó medo, ó cagaço, ó receio de procurar algo que ambiciono, que anseio, mas que incomoda e aborrece porque é algo que não desvanece, que se mantém firme na mente como uma carraça, parasita chupista que me deixa embriagado, alucinado, perdido na mestria de quem andou um dia, na clareza, na fortuna e certeza do que fazia…

O homem morre a primeira vez quando perde o entusiasmo...
(Honoré de Balzac)

Sem comentários: